É
Agosto.
Hoje
escrevo sobre esse acontecimento. Ser Agosto. Haver tempo livre para descobrir
pequenos recantos que nos podem surpreender.
Há
um Portugal onde em Agosto não há filas, nem multibancos.
Há
um Portugal onde nem sequer há rede de telemóvel e onde a TDT entra a muito
custo. Quando entra!!Há dias peguei no carro e resolvi visitar algumas das “Aldeias do Xisto”, na zona centro do país. A primeira dessas aldeias a saltar ao caminho fica no concelho de Vila de Rei. A pequena aldeia de Água Formosa segue fiel ao conceito de aldeia do xisto. Aqui o silêncio é duro como a pedra que cobre todas as casas. Um silêncio que chega a incomodar.
As
ruas apertadas obrigam a estacionar nos parques na periferia da aldeia. São
aqui residentes apenas quatro almas. Ao fim de semana o número facilmente
quadriplica.
Quem
aqui sobrevive os dias, permite-se ao luxo de esquecer o calçado na eira.
A
chave fica na porta, pela parte de fora. São luxos. Extravagância pura!
Água
Formosa é apenas uma das dezenas de Aldeias do Xisto.É um roteiro que vale a pena ser descoberto, sentido e saboreado. Nem todas as aldeias do xisto apresentam o mesmo aprumo e rigor. Em algumas o termo aldeia do xisto chega a ser abusivo, tal foi o espaço conquistado por tijolo e cimento.
Ainda
assim vale a pena trocar uns dias de praia pelo prazer de conhecer o interior
do interior. Seremos recompensados pelas generosas paisagens e pela riqueza das
gentes que nos recebem. Os altos impostos, o preço dos combustíveis e a
medíocre qualidade dos nossos políticos, são problemas podem esperar. Aproveitem-se
estas horas de puro veludo, que os tempos próximos não se adivinham nada
fáceis.
Visite
Portugal.
Visite
também www.aldeiasdoxisto.pt