quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Anda comigo comprar os aviões


No verão passado o FC Porto vendeu aos russos do Zenit o jogador Givanildo Vieira de Souza ou apenas “Hulk”,como é conhecido no planeta do futebol. Segundo a imprensa, o negócio rendeu, feitas as contas, 40 milhões de euros ao clube presidido por Pinto da Costa. Não foi o negócio com que Pinto da Costa sonhava, mas a verba deu para equilibrar a tesouraria azul e branca. Se 40 milhões não é mau negócio pela venda de um jogador de futebol, o mesmo não se pode dizer sobre a venda de uma companhia aérea portuguesa. Aliás, segundo números vindos a público, o único personagem disposto a comprar a TAP vai pagar apenas 20 milhões pela companhia. 

Dizem os entendidos que o sr. Germán Efromovich, assim se chama o homem que oferece 20 milhões pela TAP, é o único comprador em condições de fechar o negócio. Segundo os jornais, o negócio fica-se por somente 20 milhões porque Efromovich terá de recapitalizar a TAP (que tinha capitais próprios negativos em 500 milhões de euros até Junho) e de assumir a dívida, que ronda 1,2 mil milhões de euros. Mas fica detentor de uma empresa estratégica para o Estado, e vai recapitalizar uma empresa que vai ficar sua. Portanto… Eu não sou nada bom em economia está bom de ver. Eu na verdade nem sei quanto é que pode custar uma companhia aérea como a TAP. Mas depois das pantominices nas venda da EDP, REN, BPN, etc, etc, o negócio da TAP parece mais uma daquelas encomendas mesmo ao jeito de favorecimento. E quem está por trás do assunto? 

O insuspeito do costume, Dr. Relvas. Este Governo, para além de todas as atrocidades já cometidas contra o seu povo, prepara um conjunto de vendas ruinosas para o Estado e super interessantes para os seus amigos angolanos, brasileiros, panamianos e chineses. Caros leitores, se eu soubesse que os aviões da TAP estavam ao preço da uva mijona, até eu tinha feito uma oferta pública pelo Airbus “Vasco da Gama” A330. Deve haver crédito para isso. 

Uma última palavra para:
A “Praça da Alegria”, verdadeiro exemplo do serviço público da RTP, vai deixar de ser produzido no Monte da Virgem (Porto) e passará para Lisboa. A toda a equipa de enormes profissionais vítima de mais uma péssima opção do Governo PSD/CDS, quero endereçar o meu sincero abraço fraterno na expectativa de que não vos faltem as forças para a luta que se adivinha dura e injusta. 


(Redigido e publicado no site www.rederegional.com a 17 de dezembro)