terça-feira, 1 de setembro de 2009

um rio que se vê daqui

Quando ontem captei esta fotografia, do alto de um Miradouro na Chamusca, lembrei-me de endereçar um convite ao meu querido Raul Caldeira. O convite para que o Raul escrevesse um texto com base na fotografia. Nas palavras do Raul, está o sentir e a admiração por esta terra fértil e abastada. Ele aceitou o convite, e eu tenho muito gosto em partilhar o breve texto com quem passa hoje pela Janela.
"Daqui vejo o Mundo, o real e o imaginário. Perde-se de vista e ganha-se de alma. De um Mundo de realidades e fantasias, das histórias do Homem rude e valente e das lendas de moiras encantadas. De uma estrada antiga ladeada de actualidades. O Tejo do Arriba Tejo. Que não separa. Antes, une vontades e quereres. E nos dá vida. Ao longe o campo e as suas riquezas dantes regadas. A urbe, simples e arrumada. Circular a tradição, secular, na raça e na galhardia do homem afoito. A calma em azuis sobressaídos de sorrisos frescos em bocas juvenis. E ali, ali mesmo à nossa frente, por detrás das palmeiras, ao fundo, o meu berço e, um dia, a minha mortalha. A porta aberta da amizade, franqueada com simplicidade e sinceridade. Venham até nós! Vai valer a pena. Pena de quem não vem e de quem não os possa receber. Branca e azul como bandeira bipartida de uma Pátria que é só nossa. Saudosa e querida. A minha Terra, o meu País, o meu Mundo".
palavras de Raul Caldeira
Crédito Foto: MOD