terça-feira, 23 de dezembro de 2008

o jogo de Cavalheiros

Há dias assim.
Um tipo sai de casa para ir apitar um jogo da bola, apara o corte de cabelo para parecer bonito na TV, e quando pensa que tudo vai acabar bem, quando o jogo está prestes a terminar, os vermelhos resolvem marcar um golo limpo. E naquele instante é necessário decidir. Naquele segundo é preciso tomar uma opção que pode ser difícil, mas alguém tem de a tomar.
Considero Pedro Henriques um dos melhores árbitros do nosso campeonato. Também considero que a média da qualidade dos árbitros em Portugal deixa muito a desejar. Mas ainda assim, julgo que Pedro Henriques é um dos árbitros que melhor desempenha a função.
Também imagino que a tarefa de julgar e decidir em escassos segundos é do mais ingrato que pode existir. E tenho a certeza que se pudesse voltar atrás na decisão, o árbitro tê-lo-ia feito.
O Râguebi é um jogo de cavalheiros, onde a cordialidade impera, apesar da virilidade dos praticantes. O Futebol não o é. O Universo Futebol está cheio de manhas, trapaças e mil e uma invenções para se obter a tão ambicionada glória.
A Mão de Maradona, os Mergulhos do João Pinto e os Penalties fantasma do Jardel são o pão nosso de cada dia. E enquanto se insistir em colocar nos ombros de um único fulano o ónus da decisão, não haverá melhoras. É preciso que o futebol acompanhe o presente, e recorra às tecnologias para minimizar o erro. Assim julgo eu.
Crédito Foto: www.abola.pt