domingo, 6 de julho de 2008

aprender Folclore

Eu sou de uma geração que nasceu com vários estigmas.
Um deles apontava o folclore e o fado como artes menores, “coisa de cotas”.
Anos passados e uma nova geração de fadistas enche salas de espectáculos e multiplicam-se os sucessos de Ana Moura, Cristina Branco, Mafalda Arnauth, Camané, ou Mariza.

O mesmo parece estar a acontecer no folclore.
Uma geração percebeu que havia um modelo esgotado, que insistia em mais do mesmo e que naturalmente estava destinado a cair no esquecimento.
Para salvar O Folclore, multiplicam-se nos últimos anos vários projectos que apostam em recriações fiéis (o mais possível), dos modos de vida, das tradições, e até dos sentimentos das décadas dos nossos avós.
Um dos projectos mais interessantes que conheço nesta área, chama-se Eiranças.
Este Sábado, na Glória do Ribatejo, estive num festival de folclore que me conseguiu surpreender, não só pela juventude que consegue mobilizar em torno da arte, como pela qualidade apresentada.
É bom saber que há tradições e memórias que estão longe de cair no esquecimento.
Que continue o vosso bom trabalho.


Crédito Foto: MOD