Escuto atrás da cortina
a tua voz de menina
e o bruah distante que me espera.
Doces instantes de paz, que o coração acelera
e a mão agarra sem sentir
É de veludo o casulo em que me fecho,
de seda a chave que balança no ferrolho.
Chama o meu nome, e será teu o sonho
que me envolve e me devolve a madrugada ausente.
Sente o meu perfume e o lume
que se acende no frio do bastidor.
Agora um minuto é todo o tempo que tens,
o tempo do mundo.
Sou Leopardo perdido na planície do teu colo,
onde me enrolo e deixo adormecer.
A selva balança no teu corpo
e aí me rendo à escuridão.
Voo com o falcão, e arranco pedaços ao céu.
É meu este sangue. É tua a seiva, a raiva
que desperta o ardor cruel, fiel, do amor.
Salta a gazela e o veado entrelaçados no capim.
É por mim o barulho,
por ti o lasso sossego do mergulho.
Crédito Foto: Manovar
a tua voz de menina
e o bruah distante que me espera.
Doces instantes de paz, que o coração acelera
e a mão agarra sem sentir
É de veludo o casulo em que me fecho,
de seda a chave que balança no ferrolho.
Chama o meu nome, e será teu o sonho
que me envolve e me devolve a madrugada ausente.
Sente o meu perfume e o lume
que se acende no frio do bastidor.
Agora um minuto é todo o tempo que tens,
o tempo do mundo.
Sou Leopardo perdido na planície do teu colo,
onde me enrolo e deixo adormecer.
A selva balança no teu corpo
e aí me rendo à escuridão.
Voo com o falcão, e arranco pedaços ao céu.
É meu este sangue. É tua a seiva, a raiva
que desperta o ardor cruel, fiel, do amor.
Salta a gazela e o veado entrelaçados no capim.
É por mim o barulho,
por ti o lasso sossego do mergulho.