sexta-feira, 25 de maio de 2007

nem Ota, nem Rio Frio.

Não sou pela Ota, nem por Rio Frio.
E sei que a minha opinião não conta para nada. Não interessa. Mas mesmo assim, escolhi escrever sobre esse tema aqui na Janela. Porque eu que não tirei curso de Engenheiro nem estive sequer inscrito em nenhuma Ordem, consigo perceber que este Governo está a dar um passo maior que a perna.

Há ainda muita questão para esclarecer, mas a verdade é que não existe ninguém com uma explicação plausível para se optar pela Ota como o próximo Aeroporto Internacional de Lisboa. A Ota fica longe de Lisboa, longe da Linha do Norte, longe de tudo e quem sabe… talvez perto de um deserto!

Rio Frio fica do outro lado do Tejo, e só as questões ambientais bastam para anular desde logo Rio Frio.

Eu defendo o modelo Portela +1. E pouco me interessa se esta é uma opinião de esquerda, de direita, de centro ou de trás. Será que Portugal é uma potência europeia assim tão abastada financeiramente, que se pode dar ao luxo de construir um novo aeroporto a dezenas de quilómetros da capital, e destruir um aeroporto bastante recente em plena cidade?

Quanto custa construir a Ota? Quanto custa demolir a Portela? Quanto custa ligar a Ota a Lisboa?

A minha solução, mesmo que sem canudo, é reaproveitar Alverca e manter a Portela com alargamento a Figo Maduro se possível.
Até surgir uma opção mais válida que Ota ou Rio Frio, eu defendo a Portela. Reconheço que é importante pensar a longo prazo, a um horizonte de 20 ou 30 anos. Mas Ota é longe demais para quem quer chegar a Lisboa de avião.